Consideremos uma base de dados que consiste em um conjunto de treinamento , de faces de pessoas conhecidas, sendo o conjunto de todas as classes (ou pessoas) existentes e
classes de padrões (pessoas). Consideremos também que é um padrão originário de uma face cuja classificação é desconhecida. De acordo com [Gong et al., 2000], no mínimo quatro tarefas relacionadas com identificação podem ser visadas:
Classificação: Consiste na identificação de uma face assumindo-se que ela é de uma pessoa do conjunto . Em outras palavras, assumindo-se que pode ser classificado como um padrão de alguma classe , tal que
, a tarefa de classificação consiste em determinar o valor de .
Conhecido-desconhecido: Objetiva decidir se a face é ou não um membro de , ou seja, se pode ser classificado como um padrão de alguma classe de .
Verificação: Dado que a identidade de uma face foi determinada através de um outro meio não visual, essa tarefa busca confirmar a identidade dessa pessoa usando imagens de face, ou seja, confirmar se é da classe . Isso equivale à tarefa ``conhecido-desconhecido'' com .
Reconhecimento Completo: Visa determinar se uma face é de uma classe de e, em caso positivo, determinar sua identidade .
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Imagens de três faces diferentes mostradas em um espaço de faces hipotético. São mostrados bons exemplos de fronteiras de decisão para cada tarefa de identificação de faces (baseadas em [McKenna et al., 1997]).
A figura 4.1 ilustra as possíveis fronteiras de decisão geradas por classificadores para executar as quatro tarefas de identificação em um espaço hipotético de faces com três classes (pessoas), onde se assume que contém todas as possíveis imagens de faces e exclui todas as outras imagens4.1. A separabilidade das identidades em dependem da técnica utilizadas para modelar . Na tarefa de classificação, todas as classes podem ser modeladas. Por outro lado, as outras três tarefas sofrem a necessidade de considerar uma classe adicional, contendo as ``faces desconhecidas''. Provavelmente, este é o motivo pelo qual a tarefa de classificação de faces seja a mais popular na realização de testes de algoritmos de extração de características faciais para reconhecimento. Maiores detalhes sobre essas tarefas de identificação podem ser encontradas em [McKenna et al., 1997].
Outro problema relacionado é o de categorização de faces, que trata da classificação das pessoas em categorias discriminando, por exemplo, gênero [Valentin et al., 1996], faixa etária e etnia. Nesse caso, as classes representam as categorias a que as pessoa pertencem (e não a identidade de cada indivíduo). Essa tarefa equivale a ``classificação'', com representando o número de categorias do problema abordado. Como este trabalho é centrado no problema de reconhecimento, não serão detalhadas técnicas de categorização.
Além dessa tarefa, há também o reconhecimento de expressões faciais. Para tal, alguns autores utilizaram métodos que exploram especificamente parâmetros que são influenciados por alterações da forma da boca, dos olhos e do contorno da face relacionadas com expressões faciais, utilizando, por exemplo, fluxo óptico. Vários autores utilizaram métodos muito similares ao de categorização de faces, em que o treinamento e a classificação são efetuados de forma que cada classe (ou categoria) represente um tipo diferente de expressão facial.
Além dessa tarefa, há a de distinguir entre imagens de faces e imagens de outros objetos é um outro problema de duas classes (faces e não-faces) pertencente ao escopo de detecção de faces.
É importante lembrar que este trabalho se restringe a classificação de faces. Portanto, em todos os testes realizados, foi suposto que as imagens de teste eram de pessoas ``conhecidas'' pelo classificador, ou seja, pessoas que tinham ao menos uma imagem de suas faces no conjunto de treinamento dos classificadores.
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Teofilo Emidio de Campos
2001-08-29